Manutenção Corretiva – Exemplos e Tipos

O que é Manutenção Corretiva?

manutenção corretiva tem como objetivo a correção de um problema que impede ou prejudica o funcionamento de um componente, equipamento ou sistema. Na construção civil normalmente são realizadas manutenções corretivas para resolver patologias construtivas ou reparar equipamentos.

Manutenção Corretiva em Pia

É o tipo de manutenção mais cara e indesejada, visto que quando são necessárias é porque uma falha não prevista ocorreu, que poderá causar interrupção das atividades, perda de materiais e inconveniências.

O que são Falhas?

Nas edificações podem ocorrer diversos tipos de falhas que exigem manutenção corretiva, por exemplo: descolamento de cerâmica, queima de equipamentos elétricos, vazamentos, entre outros. Quando a falha ocorre em elementos construtivos, como coberturas, alvenaria, estruturas, entre outros, chamamos de patologia construtiva.

No contexto da manutenção predial existem ainda as falhas mecânicas e elétricas, que ocorrem em equipamentos como: condicionadores de ar, aquecedores, chuveiros, bombas d’água, elevadores, entre outros.

Exemplos de patologias construtivas:

  • Infiltração
  • Descolamento de Revestimentos
  • Desbotamento
  • Vazamento
  • Vidro Lascado
  • Rachaduras

Tipos de Falhas

Classificação de Impacto

Estética

As falhas puramente estéticas não oferecem problema na utilização dos ambientes, porém são indesejáveis e podem sinalizar a presença de patologias mais problemáticas. Por exemplo, a presença de mofo nas paredes pode não ser prejudicial, dependendo da quantidade e localização, mas pode ser um indicativo e que há infiltração ou vazamento.

Por esse motivo, é importante buscar conhecer as causas de determinado problema antes de corrigi-lo. As rachaduras normalmente indicam que há um problema muito mais sério na estrutura ou fundação da edificação, portanto devem passar por análise técnica para identificação das causas.

Potencial

As falhas potenciais são aquelas que causam redução da eficiência ou podem eventualmente evoluir para um problema maior. Como no exemplo do mofo, caso exista um vazamento que não seja identificado e corrigido a tempo, pode causar ainda mais problemas, como o apodrecimento da alvenaria.

Também podemos citar as quedas do disjuntor ao utilizar o chuveiro por períodos prolongados que, apesar de não impedir seu uso, é um tipo de falha que incomoda, reduz a vida útil dos componentes e indica uma instalação elétrica mal planejada ou mal executada.

Funcional

A falha funcional é aquela que impede ou torna inviável o uso de determinado componente ou ambiente. Normalmente esse é o tipo de falha que não dá para perder tempo planejando o reparo, por exemplo, a queima do disjuntor, janela quebrada, cano estourado, entre outros.

Esse tipo de falha deve ser evitada e, sempre que possível, é essencial que existam planos de contingenciamento e estoque de material para redução dos impactos e controle de perdas.

Classificação de Evolução

Estável

As falhas estáveis são aquelas que não possuem qualquer chance de evoluírem para um problema maior, por exemplo, uma descarga com defeito. Apesar de inviabilizar o uso do equipamento, é algo que pode ser considerado como baixa prioridade caso existam outros banheiros na edificação.

Normalmente esse tipo de falha é solucionada através de manutenção corretiva planejada, que veremos mais adiante.

Emergente

As falhas emergentes são aquelas que apresentam evolução e que devem ser corrigidas rapidamente para evitar evolução das perdas. Vazamentos são falhas emergentes extremamente comuns, sendo necessário primeiro interromper o abastecimento antes que o vazamento possa danificar a estrutura e equipamentos.

Urgente

Falhas urgentes são aquelas com interrompem serviços essenciais para o funcionamento da edificação, como sistemas elétricos e hidráulicos, elevadores, entre outros. Também podem ser consideradas urgentes aquelas que ofereçam risco iminente de perda material ou de acidentes.

A falha urgente não exige necessariamente que o problema possa evoluir, apesar de ser uma característica comum.

Tipos de Manutenção Corretiva

A manutenção corretiva divide-se em dois tipos: manutenção corretiva planejada e manutenção corretiva não planejada. A classificação varia de acordo com o local e tipo de problema.

Manutenção Corretiva Planejada

Normalmente problemas que não impactam diretamente na prestação de serviços e não são emergentes, acabam entrando na ‘lista de espera’ para resolução. Por exemplo, uma goteira leve na pia da lavanderia ou um vidro arranhado na janela.

Os motivos para não realizar uma manutenção de imediato podem ser vários, sendo um dos principais o custo da intervenção. Por mais que uma parede descascada incomode, o custo para contratar um pintor pode não valer a pena para um serviço tão pequeno, valendo mais a pena aguardar a necessidade de uma intervenção mais ampla.

De modo geral, as falhas estéticas, potenciais e estáveis são resolvidas através da manutenção corretiva planejada.

Manutenção Corretiva Não Planejada

Já em casos como um cano estourado o problema precisa ser resolvido imediatamente pois pode agravar e danificar outros sistemas e equipamentos.  A manutenção corretiva não planejada é realizada quando há urgência na correção do problema, devendo ser evitada a todo custo.

Quando a manutenção corretiva precisa ser feita sem planejamento ocorrem problemas como:

  • Impossibilidade de pesquisa de preços;
  • Interrupção ou defasagem dos serviços;
  • Prejuízo financeiro.

Para reduzir os impactos desse tipo de manutenção é indicado que sejam feitos planos de contingenciamento e estoque de material, quando possível. Por exemplo, apesar de não ser possível prever quando uma resistência irá queimar, é possível ter resistências em estoque para realizar a troca rapidamente.

Referências

Matheus Carvalho

Engenheiro Civil na CarLuc Engenharia CREA - RS238065