Mapa de Riscos – O que é, Cores e Normas

O que é Mapa de Riscos?

O Mapa de Riscos é um documento utilizado para informar aos colaboradores, através de representação visual, os locais onde há risco à integridade física dos mesmos, seja em decorrência de máquinas, gases, patógenos e outros agentes nocivos à saúde de usuários, trabalhadores e transeuntes.

Mapa de Riscos

De acordo com a Norma Regulamentadora 1 (NR-01), a organização deve adotar mecanismos para comunicar aos trabalhadores sobre os riscos consolidados no inventário de riscos e as medidas de prevenção do plano de ação do Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR.

O Mapa de Riscos tem como objetivos:

  • Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalhador na empresa;
  • Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção.

Segundo a Norma Regulamentadora 5 (NR-05), a responsabilidade pela elaboração do Mapa de Riscos é da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, conforme destaque:

5.3 Atribuições

a) acompanhar o processo de identificação de perigos e avaliação de riscos bem como a adoção de medidas de prevenção implementadas pela organização;

b) registrar a percepção dos riscos dos trabalhadores, em conformidade com o subitem 1.5.3.3 da NR-1, por meio do mapa de risco ou outra técnica ou ferramenta apropriada à sua escolha, sem ordem de preferência, com assessoria do Serviço Especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, onde houver;

c) verificar os ambientes e as condições de trabalho visando identificar situações que possam trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;

Percebe-se que apesar do Mapa de Riscos não ser um documento obrigatório, é um dos que melhor atende às exigências da NR.

Classificação – Riscos e Cores

A metodologia mais comumente utilizada para classificação e representação dos ricos é a legenda com círculos coloridos. A indicação dos riscos deve seguir os seguintes critérios:

  • Grupo 1 – Verde – Riscos Físicos
    • Ruídos
    • Vibrações
    • Radiações Ionizantes
    • Radiações Não Ionizantes
    • Frio
    • Calor
    • Pressões Anormais
    • Umidade
  • Grupo 2 – Vermelho – Riscos Químicos
    • Poeiras
    • Fumos
    • Névoas
    • Neblinas
    • Gases
    • Vapores
    • Substâncias, compostas ou produtos químicos em geral.
  • Grupo 3 – Marrom – Riscos Biológicos
    • Vírus
    • Bactérias
    • Protozoários
    • Fungos
    • Parasitas
    • Bacilos
  • Grupo 4 – Amarelo – Riscos Ergonômicos
    • Esforço Físico Intenso
    • Levantamento e Transporte Manual de Peso
    • Exigência de Postura Inadequada
    • Controle Rígido de Produtividade
    • Imposição de Ritmos Excessivos
    • Trabalho em Turno e Noturno
    • Jornadas Prolongadas
    • Monotonia e Repetitividade
    • Outras situações causadoras de estresse físico e/ou psíquico .
  • Grupo 5 – Azul – Riscos de Acidentes
    • Arranjo Físico Inadequado
    • Máquinas e Equipamentos sem Proteção
    • Ferramentas Inadequadas ou Defeituosas
    • Iluminação Inadequada
    • Eletricidade
    • Probabilidade de Incêndio ou Explosão
    • Armazenamento Inadequado
    • Animais Peçonhentos
    • Outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.

Etapas do Mapeamento de Riscos

  • Caracterização dos processos e local de trabalho:
    • Trabalhadores: número, sexo, idade, treinamento profissional e de segurança e saúde;
    • Instrumentos e materiais de trabalho;
    • Atividades exercidas;
    • Ambiente.
  • Identificação dos riscos existentes no local analisado;
  • Identificação das medidas preventivas existentes e sua eficácia:
    • Proteção coletiva;
    • Organização do trabalho;
    • Proteção individual;
    • Higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório.
  • Identificação os indicadores de saúde:
    • Queixas mais freqüentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos;
    • Acidentes de trabalho ocorridos;
    • Doenças profissionais diagnosticadas;
    • Causas mais frequentes de ausência ao trabalho.
  • Análise dos levantamentos ambientais já realizados no local;
  • Elaboração do Mapa de Riscos, sobre o layout (planta baixa) da empresa, indicando através de círculo:
    • Grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada;
    • Número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo;
    • Especificação do agente nocivo, que deve ser anotada também dentro do círculo;
    • Intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos diferentes de círculos.
  • Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores.
  • No caso das empresas da indústria da construção, o Mapa de Riscos do estabelecimento deverá ser realizado por etapa de execução dos serviços, devendo ser revisto sempre que um fato novo e superveniente modificar a situação de riscos estabelecida.

Referências

Matheus Carvalho

Engenheiro Civil na CarLuc Engenharia CREA - RS238065