O que é Curva ABC?
A Curva ABC, também conhecida como Regra 80/20 ou Análise de Pareto, é uma ferramenta muito utilizada na área de gestão e planejamento, seja para gestão de estoque, orçamentação, plano de ação ou qualquer situação em que seja necessário priorizar determinados itens ou procedimentos.
A metodologia tem como objetivo classificar e priorizar os itens analisados, normalmente divididos nos grupos A, B e C. Cada grupo apresenta diferentes níveis de importância e/ou impacto dentro de um contexto específico.
Importância da Curva ABC
Quando nos deparamos com uma grande quantidade de informações, é importante identificar quais são as mais relevantes para priorizar as atividades que realmente geram resultados. Essa avaliação pode estar relacionada a diferentes aspectos, como tempo de execução, faturamento, risco ou qualquer outra característica essencial.
Para separar as informações em grupos, geralmente é utilizado um critério baseado no valor do item ou procedimento. Esses grupos são divididos em curvas A, B e C, conforme descrito abaixo:
- Curva A: Itens mais caros que somam 80% do valor total.
- Curva C: Itens mais baratos que somam 5% do valor total.
- Curva B: Itens remanescentes, que somam 15% do valor total.
As porcentagens podem variar de acordo com os critérios e produtos analisados, sendo importante adaptá-las à realidade da empresa.
A escolha dos produtos que comporão cada grupo dependerá de vários fatores e não há regras que sirvam para todas as situações. O mais importante é definir critérios que levem em consideração os fatores de maior impacto para a empresa e analisar constantemente os resultados, buscando aprimorar cada vez mais as análises.
Exemplos Aplicação da Curva ABC
Orçamento de Obra
Após realizar o levantamento do quantitativo de materiais de construção, é ideal que o orçamentista faça a pesquisa de preços diretamente com fornecedores a fim de atualizar os valores indicados pela SINAPI, visto que nem sempre representa o valor praticado no mercado legal.
Nesse sentido, a Curva ABC ajuda a identificar os itens com maior impacto no custo da obra, para que sejam priorizados na orçamentação.
Fiscalização de Serviços
Durante a execução de um contrato, como de Manutenção Predial, é comum que a quantidade de serviços executados seja muito superior à capacidade de fiscalização pela equipe da contratante. Dessa forma, podemos determinar que a fiscalização presencial seja feita para as Ordens de Serviços presentes nas Curvas A e B e para a Curva C poderíamos considerar as avaliações feitas por usuário através de sistema informatizado.
Esse tipo de priorização pode ser feita de diferentes maneiras, por exemplo, ao analisarmos pelo impacto precisaríamos definir um critério para determinar o nível de importância de determinados serviços. Outra opção é a categorização pelo custo dos serviços e materiais.
Gestão de Fornecedores
A gestão de fornecedores é uma atividade essencial em diversas áreas, como supermercados, lojas e também na construção civil. Além da pesquisa de preços realizada durante o planejamento da obra, é necessário garantir que materiais como vergalhões, concreto usinado e tintas, estarão disponíveis para pronta entrega quando forem necessários.
Apesar de não ser comum em pequenas obras, muitas construtoras realizam compras centralizadas para aproveitar descontos para compras em grande escala, porém, a metodologia cria um risco adicional de desabastecimento em múltiplas obras de forma simultânea. Nessa situações pode-se dimensionar o quantitativo de profissionais destinados ao contato e pesquisa de fornecedores através de pelo menos dois critério:
Gestão de Estoque
A gestão de estoque é uma atividade essencial para empresas que precisam controlar a entrada e saída de mercadorias. Para que a gestão seja eficiente, é necessário um planejamento adequado e o uso de ferramentas que facilitem o controle do estoque.
Com base na curva ABC, é possível adotar diferentes estratégias para a gestão do estoque. Para os itens da categoria A, é recomendado manter um controle mais rigoroso, com um monitoramento constante do estoque e a adoção de medidas para evitar faltas. Já para os itens das categorias B e C, é possível adotar uma abordagem mais flexível, como o uso de sistemas de reposição automática.